Tensões no interior China
Minorias na China
O território Chinês abriga um espaço geográfico extremamente heterogêneo sob o ponto de vista étnico e por isso, enfrenta inúmeros movimentos separatistas. Os mongóis, os tibetanos, bem como algumas designações turcas e muçulmanas buscam alcançar sua completa independência política sobre a maioria han, população predominante no país.
As regiões autônomas da China são: Xinjiang, Mongólia Interior, Tibete, Ningxia, bem como Guangxi.
Conflitos separatistas na China
Conflitos separatistas
Os conflitos separatistas na Mongólia Interior – os mongóis, apesar de serem considerados um dos grupos étnicos mais pacíficos do território Chinês, a população local não está totalmente satisfeita com a relação de submissão política, bem como social para coma China. No ano de 2011, foi desencadeada uma série de revoltas populares por maior autonomia, assim como maior independência da região. O governo Chinês reprimiu os protestos com ação policial, barrando jornalistas e impedindo, até mesmo, o acesso à internet nas zonas de maior tensão, com o receio de que os estudantes presentes na vanguarda do movimento pudessem se organizar de forma mais sistemática, bem como violenta.
Conflitos separatistas em Sin-kiang – também chamada de Xinjiang
Mais organizados do que os mongóis, os povos dessa região possuem até um partido político, bem como grupos guerrilheiros que lutam por independência, porém são frequentemente reprimidos pelo governo chinês. Essa é a maior das regiões autônomas da China e também a mais instável politicamente no país, ou seja é a região que apresenta frequentes conflitos contra as tropas nacionais, sendo rica em petróleo e gás natural, bem como apresenta baixíssimas densidades demográficas.
Uiguris x China
Os conflitos separatistas na província de Xinjiang. A maioria dos uigures são muçulmanos que habitam predominantemente a região autônoma de Xinjiang, no noroeste da China, que faz fronteira com o Paquistão, bem como o Afeganistão, culturalmente e etnicamente mais ligados à Ásia Central do que ao resto da China.
Ningxia
A região de Ningxia, ao sul da Mongólia Interior apresenta duas minorias étnicas do país que a compõe são os huis e os uigures, também conhecidos como “chineses muçulmanos”. Essa localidade possui uma grande densidade de desertos, bem como é considerada um cartão-postal para povos islâmicos na China. Os huis são mais pacíficos e falam, inclusive, o mandarim, ao contrário dos uigures que preferem o árabe e são extremamente nacionalistas.
Os conflitos separatistas no Tibet
O Tibete concentra as nascentes de vários dos mais importantes rios da Ásia, incluindo o Brahmaputra, Indus, Mekong, Yangtsé e Rio Amarelo. Estes rios fluem por países como China, Índia, Paquistão, Nepal, Butão, Bangladesh, Burma, Tailândia, Laos, Vietnã e Camboja.
A disponibilidade de água doce no Tibete o coloca essa região entre os maiores depósitos de água do mundo e é cerca de 40 mil vezes maior do que as reservas em território chinês. Tibet é uma província autônoma da China, onde apresenta conflitos separatistas, bem como é um território estratégico para proteger o fornecimento de água para a China.
Em 1949, a recém-criada República Popular da China, comunista e incomodada pela influência britânica na região, os chineses anunciaram seus planos de anexar o Tibete ao seu território, alegando que ele sempre havia lhe pertencido e que era preciso libertar o Tibete dos invasores estrangeiros. Em 1950, o exército chinês de Mao-Tsé-Tung iniciou a ocupação do Tibete, forçando a fuga de Dalai Lama (budista), para a Índia.
A ocupação chinesa do Tibet foi marcada pela destruição sistemática de mosteiros, pela opressão religiosa, pelo fim da liberdade política e pelo aprisionamento e assassinato de civis em massa.
Recursos naturais no Tibet
Dados apontam que sete dos 15 principais minerais da China devem se esgotar nos próximos dez anos, bem como forçará um aumento na extração das reservas destes minerais naquela região.
Metade das reservas mundiais de urânio de alta qualidade do mundo estão nas montanhas ao redor da capital Lhasa, bem como a região do Tibete possui 40% das reservas de minério de ferro da China, além de grandes reservas de carvão mineral, ouro, chumbo, bórax, bem como petróleo.
Em fevereiro de 2007, as autoridades chinesas anunciaram mais de 600 novas jazidas de cobre, minério de ferro, chumbo, bem como de minério de zinco no platô tibetano.
Outra dados mostram que a produção de cobre na China deve aumentar em 30% com estas descobertas.
Petróleo e minérios na região do Tibet
Hoje, cerca de 90% das reservas de minério de ferro da China são de baixa qualidade, mas novas descobertas no platô tibetano apontam minério de alta qualidade.
Reservas promissoras de petróleo também foram encontradas na região. Alguns geólogos chegam a dizer que o Tibete talvez tenha a última e maior reserva de petróleo do continente. A extração já ocorre, ou seja dutos já escoam a produção de gás e óleo no platô tibetano.
Para garantir a ocupação do território, a China estabeleceu ainda um programa de incentivo financeiro de migrações de chineses para o platô tibetano, ou seja bancando a construção de estradas e ferrovias, permitindo o relaxamento do controle de migração
Impactos ambientais na região do Tibet
O histórico de total desrespeito à legislação ambiental pelo setor mineral chinês é repleto de exemplos, e a China detém os recordes mundiais de mortes de mineiros em suas minas.
Em junho de 2007, centenas de tibetanos protestaram contra a exploração mineral da montanha Yala, pois trata-se de uma das nove montanhas consideradas sagradas pelos budistas. O que se seguiu foi o desaparecimento de vários dos manifestantes moradores da região.
O lixo atômico na região do Tibet
O uso do Tibete como depósito de lixo tóxico pela China, também é uma questão ambiental que atrai cada vez mais a atenção de outros países, bem como a insatisfação da população da região. Em 1984, a China já oferecia receber e estocar no Tibete lixo radioativo de outros países ao preço de 1 500 dólares por quilo. O platô tibetano também é local de instalações nucleares secretas chinesas.
Com vizinhos detentores de bombas nucleares (Índia, bem como Paquistão), a China transferiu algumas de suas bases de lançamento de mísseis nucleares para o território tibetano.
A China não se conforma com o fato de a Índia ter dado asilo político a Dalai Lama, bem como ter permitido a instalação de um governo provisório em Dharamsala, na Índia.
Em 2005, China, bem como a Índia chegaram a assinar um protocolo no qual a China reconhecia a posse de algumas regiões pela Índia, e esta reconhecia a soberania chinesa no Tibete.