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O que é o El nino e La nina

El Niño e La Niña

El Niño e La Niña são fenômenos climáticos complexos que ocorrem periodicamente no Pacífico Equatorial. El Niño é caracterizado pelo aquecimento anômalo das águas superficiais do oceano Pacífico central e oriental, alterando padrões atmosféricos globais. Isso resulta em impactos climáticos significativos, como chuvas intensas em algumas áreas (como América do Sul) e secas em outras (como Austrália e sudeste asiático), além de eventos extremos como furacões no Pacífico oriental.

Veja abaixo como funciona a atmosfera em condições normais:

O El Niño é uma anomalia climática causada pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico na região próxima ao Peru. Ele acontece, em média, duas vezes a cada dez anos e dura 18 meses.  É caracterizado pelo aumento anormal da temperatura das águas do oceano Pacífico próximo à Linha do Equador, na região intertropical do planeta Terra. Comumente, a variação se dá no intervalo de 2 ºC a 3,5 ºC, levando em consideração que, em condições normais, a temperatura das águas superficiais do Pacífico é de 23 ºC. O El Niño está diretamente associado aos ventos alísios — um sistema de ventos que sopram em direção ao Equador no sentido leste– oeste.  Em anos de ocorrência do fenômeno, os alísios apresentam intensidade menor do que a convencional. Quando isso acontece, a ressurgência de água fria na costa oeste da América do Sul perde a força e a água quente avança sobre essa região.

1 – Os ventos alísios enfraquecem.
2 – O enfraquecimento dos ventos alísios faz com que as águas superficiais quentes ficam estacionadas na costa oeste do continente americano, prejudicando a pesca na região.
3-O aquecimento do oceano e o enfraquecimento dos ventos alísios provocam uma mudança na circulação das massas de ar e o regime de chuvas nas áreas tropicais.

As regiões Norte e Nordeste

Os estados e municípios destas regiões  passam por um período de seca severa, o que provoca uma redução  no volume de chuvas para ambas as regiões. Aumenta, com isso, o risco de incêndios florestais devido ao calor extremo e à falta de umidade, além, é claro, dos prejuízos à economia e sobretudo à saúde das pessoas. Quando o El Niño acaba, geralmente, surge logo em seguida outro fenômeno chamado de La Niña, por ser exatamente o contrário do El Niño.

O fenômeno  La Niña é um fenômeno natural que, oposto ao El Niño, consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental.

Veja as principais consequências destes fenômenos

Principais consequências da La Niña

Secas no Sul e Sudeste: La Niña tende a diminuir a quantidade de chuvas nessas regiões durante o verão, afetando a agricultura e os reservatórios de água.
Chuvas intensas no Norte e Nordeste: Pode aumentar a frequência e intensidade das chuvas nessas áreas durante a estação chuvosa, podendo causar enchentes e deslizamentos.
Variações de temperatura: No sul do Brasil, La Niña pode contribuir para invernos mais frios devido a padrões atmosféricos alterados.
Clima mais seco no Centro-Oeste: Pode provocar redução das chuvas na região, impactando a produção agrícola e a disponibilidade de água.  

Principais consequências do El Niño

Chuvas intensas no Sul e Sudeste: El Niño pode aumentar a frequência e intensidade das chuvas nessas regiões durante o verão, potencialmente causando enchentes e deslizamentos de terra.
Secas no Nordeste: O fenômeno pode reduzir as chuvas na região nordeste do Brasil, intensificando períodos de seca e afetando a agricultura e a disponibilidade de água.
Temperaturas elevadas: El Niño pode contribuir para temperaturas mais altas em algumas partes do Brasil, especialmente no centro-sul, durante o verão.
Eventos climáticos extremos: O fenômeno pode aumentar a probabilidade de eventos climáticos extremos, como tempestades severas e ondas de calor, impactando infraestruturas e comunidades locais.  

Vevemos o fenômeno do El Ninõ no ano de 2023 e 2024. De acordo com as projeções do International Research Institute for Climate and Society (IRI), as anomalias de temperatura da superfície do mar atingirão a neutralidade no outono de 2024, com possibilidade da formação do fenômeno La Niña no segundo semestre deste ano.

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