Matriz de Transportes Brasil e Mundo
A matriz de transportes é uma ferramenta fundamental na logística que organiza e quantifica o fluxo de mercadorias entre diferentes origens e destinos. Assim, a logística de transportes, abrange o planejamento, controle e execução das atividades de transporte, incluindo escolha de modais, gestão de estoques e integração de operações para garantir que os produtos cheguem aos seus destinos de forma rápida, segura e econômica.
Com adequação e planejamento estratégico correto chega-se a uma matriz ideal, que é aquela que permite o deslocamento no menor tempo e com preços melhores, tornando os produtos ou os serviços mais competitivos.
A matriz de transportes do Brasil é considerada inadequada, portanto, ineficiente. Considerando-se as dimensões territoriais do país, o grande volume de commodities transportadas, bem como elevado custo da manutenção do transporte rodoviário;
A melhor matriz para um país deve considerar as distâncias a serem percorridas e as necessidades econômicas, coordenando os três mais importantes modais de transportes:
- o aéreo, mais caro;
- o rodoviário, com custos intermediários;
- e o ferroviário, com custos bem menores.
Desta forma, o melhor modal deveria privilegiar os sistemas ferroviário e aquaviário, pois são bem mais baratos e capazes de transportar mais produtos, com menor índice de poluição.
1. Como os meios de transportes afetam a competitividade de um país no mercado internacional?
O custo do frete sobre o preço do produto no Brasil esteve entorno de 7% do produto final. Para a soja, es-se valor chega a 13% (em 2023). O preço do frente é repassado para o preço final, uma vez encarecido, o preço elevado reduz a competitividade do país em relação a outros mercados. Essa perda de competitivi-dade pode afetar o setor, desaquecendo-o.
2. Como os meios de transportes podem afetar a economia interna de um país?
Com os custos de transportes elevados, entra a lógica do mercado: menor competitividade, vende-se me-nos, diminuindo o consumo; em consequência, o comércio demite, a indústria corta a produção e demite, assim, cai a produção de matéria-prima, que será cada vez menos necessária. Entretanto, ao final das contas, o setor que mais perde é o próprio setor de transportes, já que sem venda não há produção de bens ou de matéria-prima, reduzindo assim os produtos que serão transportados.
Desta forma o gráfico de custos por distâncias percorridas o rodoviário é ideal para curtas distâncias. Já para médias e grandes distâncias são o ferroviário e o hidroviário, respectivamente.
Matriz de transportes
Observe o gráfico abaixo quanto, à emissão de poluentes:
- Desta forma, podemos concluir que o modal rodoviário é o que mais consome combustível e emite poluentes.
- Em segundo e terceiro lugar estão o ferroviário e hidroviário.
O que é intermodalidade?
É quando o transporte é realizado por mais de uma modalidade, por exemplo, combinando trechos por ro-dovia, ferrovia e hidrovia. A intermodalidade garante a integração espacial e territorial.
- A Rússia e Canadá são países localizados em altas latitudes e com grandes dimensões geográfi-cas. Por isso, o modal ferroviário é o mais utilizado. O hidroviário é restrito nestes países em fun-ção do congelamento dos rios na estação de inverno.
- A matriz norte americana é equilibrada e moderna, adequada a sua realidade territorial e aos pro-dutos transportados.
- A China vem ampliando significativamente o seu modal ferroviário em função do desenvolvi-mento de atividades econômicas na China continental nos últimos anos.
- A matriz de transportes do Brasil é inadequada. O Brasil priorizou o modal rodoviário por ques-tões políticas econômicas a partir da década de 1950, a partir do governo de JK.
O Brasil possui 1,7milhão de km de rodovi-as, com apenas 13% asfaltadas. Dentre elas, 48% se encontram em condições regular, ruim ou péssima.
- Transamazônica BR-230 – transversal (Leste-Oeste) – Nº4.
- BR-101; 116 – longitudinal – 1 e 2.
- BR-158 – Corredor de soja – 7
BR-153 – Belém-Brasília – 6
Desvantagens modal rodoviário
- Alto custo de manutenção das vias.
- Grande consumo energético e muito poluente.
- Muito suscetível a falhas humanas (sonolência, imprudência e imperícia) e estruturais, roubos de carga e a engarrafamentos, gerando atrasos e multas às empresas de logísticas.
- Baixa capacidade de cargas (em comparação ao ferroviário e hidroviário).
- Inadequado para grandes distâncias.
Vantagens do modal rodoviário
- Grande flexibilidade, mobilidade e agili-dade espacial e de horário.
- Maior malha viária do Brasil (±1,7 milhão de km) e do mundo.
- Baixo custo operacional e rapidez a curtas distâncias = até ± 300 km.
- Simplicidade de funcionamento e pouca burocracia.
- Opera porta a porta.
- Complementa outros modais (possibilita intermodalidade).
- Baixo custo de implantação das vias (em comparação ao ferroviário).
