O fenômeno El Nino e La Nina

O que é El Nino?

El Niño é caracterizado pelo aquecimento anômalo das águas superficiais do oceano Pacífico central, bem como oriental, alterando padrões atmosféricos globais. Esse aquecimento é causado em função da desaceleração dos ventos alísios e dessa forma, resultando em mudanças climáticas globais.

O que é La Nina?

La Niña é um fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento anômalo das águas superficiais do Oceano Pacífico equatorial central, bem como oriental. Esse resfriamento altera os padrões de circulação atmosférica, pois, intensifica os ventos alísios provocando mudanças climáticas globais.

Atmosfera sem El Nino

Sequência dos eventos:

  1. Ventos alísios empurram as águas superficiais e mais quentes do pacífico  em direção ao sudeste asiático.
  2. O acúmulo de águas quentes promove chuvas no sudeste asiático.
  3. Na costa americana, ou seja, a oeste, ocorre a ressurgência de águas frias e profundas  favorecendo atividade pesqueira.

Atmosfera sob influência do El Nino

O El Niño está diretamente associado aos ventos alísios — um sistema de ventos que sopram em direção ao Equador no sentido leste– oeste.  Em anos de ocorrência do fenômeno, os ventos alísios apresentam intensidade menor do que a convencional. 

Qual a periodicidade do El Nino?

El Niño acontece, em média, duas vezes a cada dez anos e dura 18 meses.  
O aquecimento das águas, comumente, se dá no intervalo de 2 ºC a 3,5 ºC, levando em consideração que, em condições normais, a temperatura das águas superficiais do Pacífico é de 23 ºC.

Fenômeno El Nino

Sequência dos eventos:

  1. Os ventos alísios enfraquecem.
  2. O enfraquecimento dos ventos alísios faz com que as águas superficiais quentes fiquem estacionadas na costa oeste do continente americano.
  3. O aquecimento do oceano e o enfraquecimento dos ventos alísios provocam uma mudança na circulação das massas de ar, bem como no regime de chuvas em diversas regiões do mundo.

Consequências La Nina

Secas no Sul e Sudeste: La Niña tende a diminuir a quantidade de chuvas nessas regiões durante o verão, afetando a agricultura e os reservatórios de água.
Chuvas intensas no Norte e Nordeste: Pode aumentar a frequência e intensidade das chuvas nessas áreas durante a estação chuvosa, podendo causar enchentes e deslizamentos.
Variações de temperatura: No sul do Brasil, La Niña pode contribuir para invernos mais frios devido a padrões atmosféricos alterados.
Clima mais seco no Centro-Oeste: Pode provocar redução das chuvas na região e dessa forma, impactar a produção agrícola e a disponibilidade de água.  

Consequências El Nino

Chuvas intensas no Sul e Sudeste: El Niño pode aumentar a frequência, bem como a intensidade das chuvas nessas regiões durante o verão, potencialmente causando enchentes e deslizamentos de terra.
Secas no Nordeste: O fenômeno pode reduzir as chuvas na região nordeste do Brasil, intensificando períodos de seca, bem como  afetando a agricultura e a disponibilidade de água.
Temperaturas elevadas: El Niño pode contribuir para temperaturas mais altas em algumas partes do Brasil, especialmente no centro-sul, durante o verão.
Eventos climáticos extremos: O fenômeno pode aumentar a probabilidade de eventos climáticos extremos, como tempestades severas, bem como ondas de calor, impactando infraestruturas e comunidades locais.  

*A ocorrência do fenômeno La Niña é imprevisível, não sendo possível determinar com precisão quando ele acontecerá ou sua periodicidade. Ele pode se repetir após dois anos do evento anterior ou demorar até sete ou oito anos para retornar.

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