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REVOLUÇÕES INDUSTRIAS

As Revoluções Industriais impulsionaram mudanças profundas na forma como a produção era realizada, impactando diretamente a economia e até mesmo a geopolítica global. Vamos explorar cada uma dessas revoluções, destacando seus períodos, países envolvidos e os tipos de mercadorias produzidas em cada uma delas.

Primeira Revolução Industrial 

Período: A Primeira Revolução Industrial teve início na segunda metade do século XVIII, principalmente na Grã-Bretanha, e se estendeu até o século XIX.

Países Envolvidos: Inicialmente concentrada na Grã-Bretanha, a Primeira Revolução Industrial também se espalhou para outras partes da Europa Ocidental.

A produção de mercadorias: Nesta fase, as empresas destacaram-se na produção de produtos têxteis fabricados em larga escala por meio de máquinas movidas a vapor. Além disso, surgiram as indústrias de ferro e aço e isso, impulsionou diversas inovações tecnológica no período.

Fonte energética utilizada: A principal fonte energética utilizada nessa fase foi o carvão mineral.

Segunda Revolução Industrial 

Período: A Segunda Revolução Industrial ocorre, principalmente, entre o final do século XIX e o início do século XX.

Países Envolvidos: Esta revolução se expandiu para além da Europa Ocidental e da América do Norte, alcançando países como Alemanha, França, Japão e Rússia.

A produção de mercadorias: A Segunda Revolução Industrial marcou avanços significativos em setores como aço, petróleo, eletricidade e química. Surgiram novas indústrias, tais como automobilística, elétrica, petroquímica e de comunicação, isso ocorreu em função das inovações trazidos pelo motor de combustão interna e a eletrificação.

Fonte energética: Petróleo.

O modo de produção Fordista 

O Fordismo, modelo de organização industrial, teve origem na fábrica da Ford Motor, de Henry Ford nos EUA, no início do século XX. Esse modelo ficou conhecido pela produção em massa e, devido a isso, influenciaram profundamente a economia global.

As características principais do Fordismo incluem:

  1. Produção em Massa: Uma das principais inovações do Fordismo foi a introdução da linha de montagem, um sistema de produção em série no qual os produtos são montados em uma linha de produção, movendo-se de uma estação de trabalho para outra. Isso permitiu uma produção em larga escala pois provocou uma redução significativa nos custos de produção.
  2. Padronização: Henry Ford implementou uma política de padronização rigorosa, onde os produtos eram fabricados em grandes quantidades e de maneira uniforme, com pouca variação entre os modelos. Isso simplificou o processo de produção, já que reduziu os custos de inventário.
  3. Salários Elevados: Uma das medidas mais notáveis do Fordismo foi o pagamento de salários mais elevados aos trabalhadores de suas fábricas. Ford introduziu o famoso “salário de cinco dólares por dia”, mais do que o dobro do salário médio na época, como forma de incentivar a produtividade, reduzir a rotatividade de funcionários e criar uma base de consumidores.
  4. Divisão do Trabalho: O Fordismo enfatizava uma divisão do trabalho especializada, na qual cada trabalhador desempenhava uma tarefa específica e repetitiva ao longo da linha de montagem. Isso permitia uma produção mais eficiente e rápida, mas também levantava questões sobre a monotonia e a despersonalização do trabalho.

          O Fordismo influenciou profundamente não apenas a indústria automobilística, mas também outros setores da economia, e moldou a organização do trabalho em todo o mundo. No entanto, ao longo do tempo, novos modelos de produção e gestão, como o Toyotismo e as práticas de produção enxuta, desafiaram o Fordismo, buscando maior flexibilidade na produção industrial.

          Terceira Revolução Industrial (meados do século XX  ao final do século XX):

          Período: A Terceira Revolução Industrial teve seu início em meados do século XX e se estendeu até o final do século.

          Países Envolvidos: Esta revolução foi liderada principalmente pelos Estados Unidos, mas também envolveu países europeus, Japão e, posteriormente, outras economias emergentes.

          Tipos de Mercadorias Produzidas: Caracterizada pela automação, informatização e avanços na tecnologia da informação e comunicação. Aqui destacam-se produtos eletrônicos, como computadores, telefones celulares e dispositivos digitais, bem como indústrias de telecomunicações, software e biotecnologia.

          Fontes energéticas: Diversificação no uso das fontes energéticas, ou seja, tanto renováveis, quanto não renováveis. Porém com foco na utilização dos não renováveis, em ordem de maior uso: Petróleo, carvão mineral e gás natural.

          O Toyotismo: modelo de organização industrial flexível da Terceira Revolução Industrial

          O modelo Toyotista é um modelo de organização do trabalho que surgiu no Japão na década de 1950 pela Toyota Motor no período pós-guerra.

          O Toyotismo representa uma abordagem flexível, enxuta e orientada para o cliente. Além disso, busca maximizar a eficiência e a qualidade e em função disso, tem proporcionado maior competitividade no mercado. Veja as principais características do Toyotismo:

          1. Produção Just in Time: Uma ideia fundamental do Toyotismo é o sistema de produção just in time, assim, os componentes são entregues às linhas de montagem apenas quando são necessários, evitando o excesso de estoque e os custos associados a ele. Isso permite uma produção mais flexível e ágil, reduzindo o desperdício e aumentando a eficiência.
          2. Kaizen (Melhoria Contínua): O Toyotismo enfatiza a importância da melhoria contínua em todos os aspectos da produção. Através deste conceito, a empresa encoraja os trabalhadores a identificar e resolver problemas, sugerir melhorias e implementar mudanças, e assim, aperfeiçoar os processos e aumentar a produtividade.
          3. Trabalho em Equipe e Envolvimento dos Funcionários: O Toyotismo valoriza a participação ativa dos funcionários no processo de produção. A empresa incentiva os trabalhadores a trabalharem em equipes multifuncionais, pois assim, poderiam compartilhar conhecimentos, melhorando o processo produtivo.
          4. Flexibilidade e Multifuncionalidade: Ao contrário do Fordismo, o Toyotismo promove a flexibilidade e a multifuncionalidade dos trabalhadores. A empresa treina os funcionários para desempenharem múltiplas tarefas. Outra característica importante é que nessa abordagem, há necessidade de uma mão de obra mais qualificada. Embora essas modificações no processo produtivo proporcionam economia, por outro lado, gera desemprego. Isso ocorre porque um funcionário é capacitado para exercer diversas funções que anteriormente eram exercidas por vários funcionários.
          5. Qualidade Total: O Toyotismo coloca uma forte ênfase na qualidade do produto, buscando eliminar defeitos e garantir a satisfação do cliente. Isso foi possível através do controle de qualidade, da padronização de procedimentos e do compromisso com a excelência em todos os aspectos da operação.

                  Quarta Revolução Industrial (século XXI):

                  A Quarta Revolução Industrial está moldando o futuro da sociedade e da economia, redefinindo as formas de trabalho, produção e interação em todo o mundo. Veja algumas características dessa etapa da indústria abaixo:

                  Período: A Quarta Revolução Industrial está em curso, tendo seu início no século XXI e ainda em desenvolvimento.

                  Países Envolvidos: Esta revolução é global, porém ela está mais concentrada nos países desenvolvidos e de forma rarefeita nos países menos desenvolvidos.

                  Quarta Revolução Industrial, também conhecida como Indústria 4.0, é um termo que descreve a fusão de tecnologias digitais, físicas e biológicas. A intensa integração home-máquina é uma das principais características dessa revolução. Este conceito engloba uma série de avanços tecnológicos e por isso, estão moldando a maneira como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Alguns dos principais elementos da Quarta Revolução Industrial incluem:

                  Essas tecnologias estão transformando indústrias como manufatura, saúde, transporte, energia e serviços, e devido a isso, tem impulsionando a automação, a eficiência operacional e a personalização de produtos e serviços.

                  Internet das Coisas (IoT): A IoT refere-se à interconexão de dispositivos físicos, veículos, eletrodomésticos e outros itens, que estão equipados com sensores, software e conectividade de rede, e por isso, permite a coleta e troca de dados.

                  Inteligência Artificial (IA): A IA é a capacidade das máquinas de realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana, como reconhecimento de padrões, tomada de decisões, processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina.

                  Computação em Nuvem: A computação em nuvem permite o armazenamento e processamento de dados em servidores remotos.

                  Big Data e Análise de Dados: O Big Data analisa conjuntos de dados extremamente grandes e complexos para extrair insights, padrões e tendências, e por isso, é utilizado para tomar decisões estratégicas.

                  Robótica Avançada: Os avanços na robótica incluem robôs autônomos, colaborativos e móveis, que podem desempenhar uma variedade de tarefas, aumentando a eficiência e a produtividade.

                  Impressão 3D: Conhecida como fabricação aditiva porque permite a criação de objetos tridimensionais camada por camada a partir de materiais como plástico, metal e cerâmica, oferecendo flexibilidade e personalização na produção de peças e produtos.

                  Realidade Virtual e Aumentada: Proporcionam experiências imersivas e interativas, permitindo simulações, treinamento e visualizações de dados em ambientes virtuais ou sobrepostos ao mundo real.

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